Unico SENHOR E SALVADOR

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domingo, 4 de janeiro de 2015

Texto brilhante: Confissões dum relutante guerreiro cultural. (PARE O QUE ESTÁ FAZENDO E LEIA!!!!)


Por Robert Tracinski
(GRIFO DO BLOG)

Até bem pouco tempo atrás estive a trabalhar nas principais histórias de 2014, o que me deu a possibilidade de olhar para trás, para as coisas que escrevi, e ter uma noção do que foi realmente importante este ano, e também ver se fiz um bom trabalho de resposta a essas histórias importantes.

O que me surpreendeu imenso este ano [2013] foi ver o que tomou um dos lugares principais - lá, bem entre o nojento regresso de políticas raciais e a ascenção do Estado Islâmico (durante o colapso da política externa de Obama). Foram: as "guerras culturais"," as actuais batalhas em torno do aborto, liberdade religiosa, e feminismo radical.

Durante a maior parte da minha carreira como escritor, estive relutante em tomar parte nas "guerras culturais" principalmente porque não me identificava com nenhum dos campos em guerra. Como ateu, não anseio pelo regresso da tradicional moralidade religiosa, mas como um individualista, nunca dei o meu apoio às estranhas cruzadas dos grupos-vítima da Esquerda.

Durante a maior parte do meu tempo, dediquei-me a argumentar em favor dum governo menor, apontando para o fracasso do Estado-Providência, e impedindo que os ambientalistas colocassem um ponto final na civilização industrializada - coisas menores como essas. Ah, sim, e a guerra - não a "guerra cultural", mas a guerra guerra, aquela onde as pessoas de facto estão a tentar matar-te.

Portanto, durante a maior parte, a minha posição em relação ao casamento [sic] homossexual pode ser resumida com algo do tipo, "Será que já podemos discutir outra coisa?"Isto deve-se, parcialmente, à minha visão minimalista do governo, que defende que algumas coisas - na verdade, a maior parte das coisas, e virtualmente todas as coisas que são realmente importantes - devem ser mantidas fora do âmbito da política. Isto claramente inclui a vida sexual das outras pessoas, algo que eu gostaria de saber muito menos do que é normalmente aceite hoje em dia.

Mas durante este ano, descobri que embora eu não estivesse interessado na guerra cultural, a guerra cultural estava interessada em mim. E não só em mim, mas em todos nós. Este foi o ano em que fomos avisados que não teremos permissão para observar as coisas de fora, visto que não teremos permissão para pensar de maneira diferente da forma como pensa a Esquerda.

E como foi que descobri isto? Primeiro, eles vieram buscar os Cristãos, em casos legais que tinham como propósito forçar os crentes conservadores a disponibilizar contraceptivos abortivos e a participar em cerimónias de casamento [sic] homossexual. Eu disponibilizei o argumento do porquê um ateu ter que batalhar até à morte em favor da liberdade religiosa dos Cristãos
A História já mostrou que a única forma de batalhar em favor da liberdade de pensamento é defendê-la cedo, quando ela se encontra ameaçada na vida  dos outros- mesmo em favor de pessoas com quem se discorde, e mesmo em favor de pessoas por quem se nutra um desprezo profundo. Devido a isto, estou disposto a lutar em favor de pessoas que são muito piores, segundo os meus padrões, que o Cristão comum. 
É como o antigo poema do Pastor Niemöller, excepto que desta vez é: "Primeiro, eles vieram buscar os Cristãos." Não olho para a ameaça de coação como algo a ser feito aos retrógrados Cristãos longe de mim. Eu olho para isso como algo que pode igualmente, e facilmente, ser feito a mim. 
E será feito, se levarmos em conta os princípios que foram estabelecidos durante a campanha contra e lei da liberdade religiosa no Arizona, e nas audiências do Tribunal Supremo em torno do caso Hobby Lobby. 
No único comentário que eu fui forçado a fazer no passado, em relação ao casamento [sic] homossexual - há tanto tempo atrás que nem posso disponibilizar um link para o mesmo - expliquei a minha ambivalência citando as minhas preocupações com o facto da Esquerda estar a usar este assunto para assegurar para si o imprimatur do Estado para os relacionamentos homossexuais de forma a que a Esquerda pudesse usar as leis em torno da anti-discriminação como cacete com o qual atacar as fortalezas religiosas.

Foi exactamente isto que aconteceu este ano com o início da inquisição secular que chegou até a exigir que os clérigos Cristãos oficializem casamentos [sic] homossexuais.
Isto pode ser difícil de lembrar agora, mas há não muito tempo atrás, ocorreram propostas tendo em vista a um acordo em torno das "uniões civis" entre pessoas do mesmo sexo que, legalmente, eram equivalentes a um casamento mas sob outro nome. Os activistas homossexuais conscientemente rejeitaram estas uniões como forma de exigir de modo específico o uso do termo "casamento", insistindo que o Estado reconheça e legalmente faça cumprir a igualdade destes casamentos com os antiquados e fora-de-moda casamentos heterossexuais.. 
Basicamente, a teoria por trás casamento [sic] homossexual era a teoria de toda a Esquerda secular: a sociedade e o Estado são as todas-poderosas forças sobre as quais a vida do indivíduo reside, e a tarefa política mais importante - na verdade, a mais importante tarefa da vida - é colocar este poder irresistível do nosso lado. Mas tu obtenhas poder social e político, agarras-te a ele fazendo com que os teus pontos de vista favoritos se tornem obrigatórios, uma espécie de catecismo que todas as pessoas têm que afirmar, ao mesmo tempo que suprimes todos os pontos de vista heréticos. 
Neste caso, como forma de obter a aceitação social do homossexualismo, fazes com que a oficialização de casamentos [sic] homossexuais seja obrigatória ao mesmo tempo que suprimes oficialmente qualquer ponto de vista religioso dissidente.
O problema básico da concepção esquerdista da liberdade é que eles não têm uma concepção da liberdade.
O conceito operacional de liberdade da Esquerda é que tu tens permissão para fazer o dizer o que quiseres, desde que fiques dentro dum determinado intervalo de desvios socialmente aceites. 
O propósito da campanha em favor do casamento [sic] homossexual nada mais é o de alterar os parâmetros desse intervalo, estendendo-o de modo a incluir os homossexuais, os queers, os transgéneros -  e excluir qualquer pessoa que pense que o homossexualismo é pecado ou qualquer pessoa que queira preservar o conceito tradicional de casamento. Estas pessoas são declaradas como pessoas vazias de protecção legal, e, de facto, terão todo o peso da lei sobre si até que eles por fim coloquem de parte os seus pontos de vista socialmente inaceitáveis. (Crente,"essas pessoas"são eu e você!) 
O ponto aqui não é se existe acordo sobre quais os pontos de vistas que devem ou não ser socialmente aceites. O ponto aqui é que isto não é um conceito de liberdade, mas sim um regime de ideias controladas pelo Estado, amaciadas através duma zona amorfa de tolerância oficial.

É por este motivo que estou interessado na controvérsia. O meu ponto de vista em relação ao casamento [sic] homossexual pode ser resumido desta forma "não me interessa". Eu não sentiria qualquer necessidade de dizer algo em torno disso, não fosse a insistência dos defensores do casamento [sic] homossexual a declarar que todas as vozes contrárias devem forçadas a se submeter. 
Parece que tínhamos razão em ficarmos preocupados. O ano que passou testemunhou o início duma nova onda de "politicamente correcto", proclamada através dum incidente bizarro que ficou conhecido como “Shirt Storm.(aqui)” Esta foi a breve controvérsia em torno dum cientista Britânico que foi atacado pela sua "misoginia" devido ao facto de ter supervisionado o pouso duma sonda espacial num cometa - um gigantesco sucesso científico - enquanto usava uma camisa que era ofensiva para as feministas.

Eu extraí algumas importantes lições em torno de caso, incluindo o facto d' "Elas não estarem a perseguir só os rapazes das fraternidades [universitárias]."
Para se ser acusado de misoginia, não é preciso ser um "irmão" bebedor de cerveja, que ocupa as férias de Primavera sendo juiz de concursos de t-shirt molhada. Agora, elas [as feministas] estão a perseguir os geeks, e até os hipsters.
Portanto, primeiro eles vieram atrás dos Cristãos, depois dos geeks, e depois os hipsters . Para além disso, "A nova ortodoxia é total."
Isto é o "politicamente correcto" na sua forma mais pura: "o pessoal é o político". Não existe área alguma da vida onde o comportamento próprio, e até o gosto estético, não pode ser ditado segundo preocupações políticas. É preciso que alguém te diga o que vestir, que músicas escutar, que jogos de vídeo podes jogar (que, segundo sei, é um dos assuntos em torno do GamerGate), o que tens permissão para dizer a uma mulher enquanto ela caminha pelas ruas (se é que tens permissão para dizer alguma coisa), e assim por diante.
Incidentalmente, o GamerGate é uma historia que não comentei este ano visto que não sou um "gamer", e já não sou um desde os dias em que fiz download do jogo "Doom" a partir duma disquete de 3 polegadas e meia. Devido a isso, tenho olhado para o assunto como um estranho, tentando entender o que está a acontecer dentro da subcultura dos jogos de vídeo. Segundo aquilo que já consegui recolher, o GamerGate é uma revolta dos consumidores contra jornalistas e revisores de jogos de vídeo que tentam forçar nos leitores a agenda dos "guerreiros da justiça social".

Acho que é melhor eu inteirar-me mais com os pequenos detalhes porque o que se segue é o “MetalGate“ - um tentativa de domesticar a música Heavy Metal sob o jugo politicamente correcto.

E eles estão também a perseguir os nossos filhos, queixando-se dos “brinquedos de género”, o que nos leva até às insanas novas fronteiras do feminismo moderno, incluindo um novo, e puritano, código de conduta sexual imposto na Universidade da Califórnia, que "parece ter sido escrito por monges celibatários", tal como escrevi.
Tudo isto tem a aparência de puritanismo neo-Victoriano, onde o desejo sexual é olhado como algo suspeito e perigoso, mas com um toque feminista moderno: o desejo masculino é suspeito e perigoso.

A Revolução Sexual transformou-se numa estranha imagem reversa do Puritanismo. A contra-cultura reteve todas as premissas básicas - que o sexo é algo sujo, nojento, um acto puramente materialista sem qualquer significado psicológico ou espiritual - excepto que eles eram a favor disso. Devido a isto, eles acabaram com os antigos códigos de cavalheirismo, eliminaram o papel da universidade como um acompanhante in loco parentis, e criaram uma cultura universitária de encontros românticos embriagados com a duração duma noite. 
Só que eles descobriram agora que esta cultura tem um lado sombrio, especialmente para as mulheres jovens, e consequentemente estão a criar um novo e modernizado sistema de puritanismo.
Durante este ano, não fui só eu que reparei nesta nova tendência. As feministas estão a saudar isto como "o ano em que as mulheres se vingaram", o que nos dá uma ideia do jogo de poder que está a ocorrer aqui.  Se este foi também o ano em que o jornalismo foi totalmente tomado de assalto pela mania de preservar a "narrativa" à custa dos factos - especialmente no amplamente publicitado caso da falsa alegação de violação da Universidade de Virginia - o feminismo frequentemente disponibilizou a narrativa que eles estavam a tentar preservar.

Portanto, este foi o ano em que aprendemos que não podemos evitar a "guerra cultural" porque eles [os Esquerdistas] estão a trazer essa guerra até nós, e que todos os aspectos da nossa vida serão reformulados de modo a que sejamos mais tracejáveis.

Mas este foi também o ano em que me apercebi que existem bons motivos para mergulhar de cabeça na guerra cultural. O próprio motivo que faz com que muitos de nós estejamos relutantes em entrar na batalha - o facto de não nos ajustarmos de forma perfeita em nenhum dos lados - é precisamente o motivo de sermos desesperadamente necessários.
 
Ao disponibilizar as ideias que eu gostaria que a maior parte dos leitores da Direita aprendessem com Ayn Rand, apercebi-me que um dos items mais importantes era "uma terceira alternativa dentro da guerra cultural."
O maior obstáculo para uma leitura justa aos livros de Ayn Rand é o facto dela não cooperar com muitas das categorias-padrão que nos são frequentemente oferecidas.… Provavelmente a categoria mais importante que ela colocou em causa encontra-se capturada na expressão, "Se Deus está Morto, então tudo é permitido." Que significa: se não existe uma base religiosa para a moral, então tudo é subjectivo.

Basicamente, a Esquerda cultural aceita esta alternativa, e junta-se ao subjectivismo (isto, claro, quando eles não estão a tomar medidas excessivas cambaleando de volta rumo ao seu código politicamente correcto neo-Puritano). Então, a Direita religiosa responde afirmando que a única forma de parar com a maré "tudo vale" é um regresso à aquela religião de tempos idos. 
Isto faz com que muitas pessoas busquem uma terceira alternativa. Como defensor da moralidade secular, foi precisamente isto que Ayn Rand ofereceu.
Foi por isto que me esforcei de modo específico para reclamar a posição cultural elevada da ciência, que tem sido totalmente e imerecidamente reclamada pela Esquerda. Devido a isto, as minhas contribuições para a campanha do The Federalist como forma de expor Neil deGrasse Tyson, o guru oco da cultura geek falsa, que tem o hábito de ser bem liberal com os factos.
Falar ruidosamente em torno da fidelidade aos factos, ao mesmo tempo que usa o mantra jornalístico "falso mas genuíno", envia a mensagem de que os factos não contam para nada. O que realmente conta é o teatrode se ser pró-evidencia e pró-ciência, e olhar de cima para abaixo para os oponentes, qualificando-os de ignorantes e patetas anti-ciência.

Se Tyson parece estar estupefacto com as críticas feitas às suas fabricações, e não as leva a sério, então o que ele nos está a dizer é que ele é um director de circo. Não é suposto nós questionarmos se os eventos que ele menciona são reais, ficcionais, ou embelezados; é suposto nós apenas apreciarmos o espectáculo. É aquele princípio científico com o nome de suspensão da crença.
O propósito aqui é o de reclamar a ciência e o código da racionalidade em prol da liberdade e do individualismo, que é o único credo genuíno dos “geeks.”
Os geeks - os verdadeiros, e não os hipsters- passaram muito da sua vida marginalizados e ignorados. Eles não se sentem bem em parte alguma. Eles gostam de coisas diferentes, pensam e falam de maneira diferente, e olham para o mundo de forma diferente. E precisamente por isso é que eles inventam coisas novas que mais ninguém havia inventado antes deles.

O inventor excêntrico e pensador fora-de-ritmo é um dos arquétipos do individualismo Americano. Somos intrusos, não seguimos s regras normais, e temos como finalidade comportar-mo-nos mal. Devido a isso, porque é que não ficaríamos cépticos dum Estado paternalista? 
Muitos de nós obviamente que estamos. Devido aos meus interesses, pelo menos metade dos meus amigos com sólidas credencias geek são também Objectivistas. Afinal de contas, Atlas Shruggedé mais um livro que apela aos jovens não-conformistas inteligentes. Mas temos a esperança de que um dia desses o resto dos nossos amigos se apercebam do lugar onde eles pertecem.
É por isso que durante este ano escrevi muito mais sobre a guerra cultural do que esperava (e os excertos de cima são apenas amostras). Tornou-se uma necessidade urgente empurrar para trás o ressurgimento do politicamente correcto totalizador, criar espaço para a liberdade para discordar - e estabelecer as linhas orientadoras do que tem a aparência duma terceira via dentro desta guerra cultural.

Porque depois de 2014, ninguém vai poder ficar à margem.

Fonte- http://goo.gl/d4TQZK


As palavras de Robert Tracinski  podem ser resumidas em algumas frases: não existem posições neutrais numa guerra contra o mal (e a guerra contra o Esquerdismo militante certamente que é uma guerra conta o mal). 

Em 2015, tal como descobriu Tracinski, quer se seja Cristão, ateu, agnóstico - quer se seja branco, vermelho, castanho, amarelo ou negro - não teremos permissão para ficar, confortavelmente, em cima do muro, fingido estar acima de tudo, porque a Esquerda totalitária não deixará.

Se ser moderado, tolerante, neutro e desinteressado não salvou os Judeus da Alemanha, e se não salvou os camponeses na China, e se também não salvou os agricultores da União Soviética, de maneira nenhuma isso te irá salvar durante o século 21.

Quando os Guerreiros da Justiça Social dizem que "não existe mais lugar" para várias formas de pensamento com o qual eles não concordam, o que eles querem dizer é que  tu, como portador inabalável desse pensamento, não tens lugar no Admirável Mundo Novo que eles estão a criar.

Fica ao critério de cada um determinar a forma através da qual os Esquerdistas tencionam acabar com tais pensamentos contrários à sua ideologia, junto de pessoas que não querem deixar de ter esse tipo de pensamentos. Se não é possível eliminar uma ideologia sem eliminar os portadores da mesma, a escolha do Esquerdista militante é clara. 

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