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quinta-feira, 13 de março de 2014

Igreja Presbiteriana dos EUA passa dos limites

Declaração da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém refuta o documento presbiteriano “Sionismo Desalojado”

Susan Michael
Um manual perturbador intitulado “Zionism Unsettled” (Sionismo Desalojado) foi publicado por um ramo da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (conhecida pela sigla PCUSA). A publicação está cheia de fatos distorcidos e uma narrativa histórica tão extremista que alguns grupos judeus estão chamando-o de “discurso de ódio.” O documento difama Israel e o sionismo e, ao mesmo tempo, faz vista grossa ao terrorismo palestino, pede a aniquilação do Estado judeu e isenta os líderes árabes de sua culpa na situação difícil do povo palestino. O manual prova que a PCUSA se alinhou com a posição mais radical de igualar sionismo com racismo, comparando-o com séculos de antissemitismo cristão, e pedindo que o Holocausto seja repensado para incluir a situação difícil dos palestinos.
O capítulo sobre “Evangélicos e Sionismo Cristão” torce os fatos para retratar os cristãos que apoiam Israel como perigosos e uma ameaça à paz no Oriente Médio. O capítulo é baseado em grande parte no que escreve o Dr. Gary Burge, presbiteriano e professor do Novo Testamento na Faculdade Wheaton. Burge confessa ser adepto de uma forma da Teologia da Substituição, apesar do fato de que essa teologia foi a raiz de séculos de antissemitismo cristão.
A Teologia da Substituição ensina que Deus abandonou o povo judeu, quebrou suas promessas para eles e escolheu um novo povo, a Igreja. O perigo dessa teologia é que sugere que o povo judeu foi rejeitado e descartado devido a seus pecados e fracassos. É um terreno fértil para a proliferação do antissemitismo e todos precisamos nos prevenir dela.
O Apóstolo Paulo disse em Romanos 11 que Deus não terminou sua obra com o povo judeu e que o chamado deles é irrevogável. Em Hebreus 6, ele cita a fidelidade de Deus à Aliança de Deus com Abraão para incentivar cristãos perseguidos a guardar sua fé, sabendo que servem a um Deus fiel.
Apesar disso, Burge chega ao ponto de dizer que o ensino do Novo Testamento espiritualiza e universaliza as promessas sobre terra do Antigo Testamento ao povo judeu tratando-as como metáfora espiritual. Embora seja verdade que em Gálatas 3:29 o Apóstolo Paulo disse que os cristãos realmente gozam as bênçãos de Abraão como herdeiros espirituais, ele não afirmou que eles “substituíram” os herdeiros naturais nem herdaram a terra. Isso exigiria que a Bíblia fosse reescrita, pois a promessa de terra aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó era “eterna” e é confirmada quarenta e seis vezes em todos os livros do Antigo Testamento.
O Salmo 105 diz que Deus não quebra aliança, nem altera a palavra que saiu da Sua boca. Portanto, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó receberiam as promessas que lhe foram feitas. É por causa dessas promessas bíblicas que os discípulos perguntaram a Jesus se Ele ia “restaurar o reino a Israel agora” em Atos 1:6. Ele simplesmente disse que o tempo não era para eles saberem, claramente indicando que aconteceria no tempo certo de Deus. Em Lucas 21, Jesus disse que Jerusalém mais uma vez estaria sob soberania judaica e colocou-a num contexto escatológico.
Burge tenta então diminuir o alcance do sionismo cristão limitando-o como aliança dispensacional e dupla em teologia. Embora o dispensacionalismo seja uma teologia favorável a Israel, só um de cada dez cristãos é dispensacionalista. Um número muito maior de cristãos, de uma ampla variedade de denominações e convicções teológicas, apoiava a restauração dos judeus à sua pátria; inclusive John e Charles Wesley, Robert Murray MacCheynne, Bispo Ryle de Liverpool, Charles Spurgeon, os puritanos, o professor Jacob Janeway da Igreja Nacional Escocesa, Martin Luther King e muitos outros.
O sionismo cristão é também uma “aliança dupla.” Os sionistas cristãos se acham em todos os movimentos protestantes históricos e contemporâneos, inclusive a Igreja Presbiteriana, e a maioria deles crê certamente que a obra consumada de Jesus na cruz é sua única base de salvação. Embora a base do sionismo cristão esteja na Aliança de Deus com Abraão, na qual Deus anunciou a Abraão Seu plano de criar um povo por meio do qual Ele realizaria Seu plano de redimir o mundo, a Aliança de Deus com Abraão precisava da Aliança de Deus com Moisés, a Aliança de Deus com Davi e a Nova Aliança para produzir a grande salvação.
O papel de Israel, como instrumento do plano redentor de Deus, não o torna melhor do que quaisquer outros povos, mas em vez disso o coloca numa posição de maior prestação de contas a Deus. O povo judeu é escolhido para abençoar as nações, inclusive o povo palestino. Contudo, o estudo “Sionismo Desalojado” interpreta o povo judeu como escolhido como se fosse uma forma de racismo que o considera mais elevado do que os outros povos e, portanto, como isento do mesmo padrão de prestação de contas.
A Igreja Presbiteriana dos EUA pode desejar que os cristãos que apoiam Israel e o povo judeu sejam um grupo extremista, mas o fato é que uns 70% dos americanos são favoráveis a Israel. Há muitas razões por que os americanos apoiam Israel: experiência pessoal por excursões em Israel, admiração pela tecnologia e inovação israelense, ou consideração pela única democracia no Oriente Médio. Cristãos que creem na Bíblia apoiam Israel porque leem a Bíblia. Em resumo, Deus trouxe de volta o povo judeu para sua pátria em cumprimento de Suas promessas a Abraão e milhões de cristãos querem abençoá-los e ajudá-los.
De modo oposto, a Igreja Presbiteriana dos EUA tem se alinhado a grupos extremistas e radicais tais como Sabeel. Fundado por Naim Ateek, Sabeel propaga a Teologia da Libertação Palestina que despreza toda e qualquer parte da Bíblia que discorde das opiniões antissemitas de Ateek. Daí, com sua origem vindo diretamente do manual de instruções da Sabeel, o estudo “Sionismo Desalojado” pede que as igrejas parem de usar hinos e liturgia que utilizem os termos bíblicos: êxodo, aliança, volta, florescer no deserto, Sião e Israel.
É hora da Igreja Presbiteriana dos EUA despertar e compreender que manter posições antissemitas radicais, tais como as que este estudo reflete, só garantirão que o declínio de seus membros continue, pois a maioria dos americanos não só foge do discurso de ódio, mas também admira e defende o povo de Israel.
Traduzido por Julio Severo do artigo da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém: PCUSA Crosses the Line

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