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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

C. S Lewis e uma simples razão para rejeitar o Catolicismo Romano


C. S Lewis dispensa apresentações. É considerado um dos maiores apologistas cristãos de todos os tempos. Cresceu como um ateu e se converteu ao cristianismo anglicano. Ele também conseguiu um feito considerável – ser muito prestigiado nos círculos católicos e protestantes. 

Lewis se dedicou a defender o que chamava de “mero cristianismo” – os fundamentos básicos comuns a todas as tradições cristãs. Dessa forma, ele dificilmente se envolvia em polêmicas entre católicos e protestantes. 

Todavia, ele ofereceu aquele que considero o melhor motivo para rejeitar o catolicismo romano:

A Igreja Romana, onde ela difere da tradição universal e especialmente do cristianismo apostólico, eu rejeito. Assim, a sua teologia sobre a Virgem Maria rejeito porque parece totalmente estranha ao Novo Testamento; onde de fato as palavras "bem-aventurado o ventre que te gerou" recebem uma tréplica apontando na direção exatamente oposta. 

Seu papalismo parece igualmente estranho a atitude de São Paulo em direção a São Pedro nas epístolas. A doutrina da transubstanciação insiste numa definição que o Novo Testamento me parece não aprovar. 

Em outras palavras, todo o setup do catolicismo moderno me parece ser tanto uma variação provincial da central e antiga tradição como qualquer seita protestante em particular é. Devo, portanto, rejeitar o seu pedido: embora isso, naturalmente, não significa rejeitar determinadas coisas que eles dizem. 
(Letter of C. S. Lewis to H. Lyman Stebbins, “The Boldness of a Stranger”)

E o argumento principal:

A verdadeira razão pela qual eu não posso estar em comunhão com vocês [católicos] não é o meu desacordo com esta ou aquela doutrina romana, mas ter que aceitar sua forma de Igreja, não para aceitar um determinado corpo de doutrina, mas para aceitar com antecedência qualquer doutrina que sua Igreja produzir no futuro. 

É como ser solicitado a concordar não só com o que um homem tem dito, mas também como o que ele vai dizer. 
(Christian Reunion”, in Christian Reunion and Other Essays, edited by Walter Hooper, London: Collins, 1990, p. 17-18)

Aderir ao catolicismo romano é como passar um cheque em branco. Você não sabe de fato o valor que será “cobrado”. Ainda que uma pessoa estude profundamente a Escritura e a história e chegue à conclusão de que a igreja romana está certa em todas as suas reivindicações (uma conclusão absurda obviamente), não seria suficiente. 

Esta pessoa teria que concordar não somente com tudo o que a Igreja ensinou, mas com tudo que ela ainda vai ensinar. É um passo tão grande que até mesmo os católicos têm dificuldade de dá-lo. 

Atualmente, há na igreja romana diversos grupos afirmando que o papa apostatou e abandonou o ensino histórico da igreja (vide as recentes polêmicas sobre a pena de morte, distribuição da comunhão para recasados, salvação fora da igreja e etc).

Lewis também foi responsável por oferecer antídoto para os desvios do romanismo. Michael Edwards, comentando uma resposta a uma carta que recebeu de Lewis em 2 de novembro de 1959, afirma:

Isso foi em resposta a um pedido de uma reunião pessoal para me ajudar a resolver duas áreas problemáticas diferentes (1) em que denominação cristã eu deveria me fixar (...) Eu nunca me senti feliz como evangélico. 
Eu estava considerando seriamente tornar-me católico romano (...) Eu estava aborrecido com o problema da infalibilidade papal e Lewis recomendou que eu lesse "A Infalibilidade da Igreja" por Salmon. Isso, de fato, me ajudou a resolver a questão.

(Douglas M. Jones III, Foreword to Keith Mathison's The Shape of Sola Scriptura (Moscow, ID: Canon Press), p. 248)

Phonte: Sola

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