Unico SENHOR E SALVADOR

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domingo, 18 de setembro de 2016

A Guerra dos Nórdicos contra a Civilização


Por Todd Lewis


Dentro do crescente movimento da Nova Direita, do Renascimento Sobrio, ou da Direita Radical, existe um elemento que emana do ressurgimento pagão dos anos 70. Este texto não é um ataque aos fundamentos do Neo-Paganismo em si, mas sim a refutação de certos argumentos contra o Cristianismo que emanam desses antros. 

Stephen McNallan, practicante de Asatru, alega que as civilizações Nórdicas e Germânicas, culturas prósperas e dinâmicas que eram criativas e progressivas, foram destruídas pela Igreja Católica Romana, cujo espírito imperial era uma extensão dos Césares Romanos.

Os ataques dos Vikings são vistos como uma resposta tardia à Igreja imperalista, sob as ordens do Papa, e ao Sagrado Império Romano, sob o comando de Carlos Magno. Ele [Stephen McNallan] cita as guerras Saxónicas e as conversões forçadas dos Germânicos como o momento-Munique - desculpem-me a metáfora - para os Nórdicos. Os raids Vikings, embora tenham sido um fracasso, foram feitos em nome duma justificável legítima defesa. Para além disso, a Igreja é vista como uma genocida destruidora de culturas e de religiões que procurou formas de exterminar os pagãos do Norte e do Este.

Esta narrativa é claramente um absurdo.

A primeira civilização do Ocidente foi o reino Cretense dos Minóicos (2700 AC - 1450 DC). Os Minóicos eram conhecidos pelos seus marinheiros, pelo palácio em Knossos, e por terem desenvolvido um sistema de água fria e de água quente. A civilização ocidental, com as periódicas invasões bárbaras, emergiu dessa raiz e eventualmente floresceu até se tornar na grande civilização de Grécia e Roma. Durante este período, a ciência, a filosofia, a retórica, a geometria, a poesia, a história e a lei foram desenvolvidas e refinadas até a um nível sem igual (exceptuando na China).

Durante os 3500 anos que vão desde os Cretenses até Carlos Magno, o que foi que os Nórdicos e o Teutónicos produziram? Para todos os efeitos, nada. Runas, barcos longos, espadas longas, e bosques sagrados são substitutos fracos para Ésquilo, Heródoto, Platão, Numa, e Virgílio. Portanto, estes Nórdicos foram uma raça completamente improdutiva e irrelevante habitando as regiões hiperbóreas da Europa. Irrelevantes, excepto as suas periódicas incursões assassinas rumo ao sul.

Os Neo-pagãos querem que nós acreditemos que, num paroxismo de imperialismo, foi a Roma Antiga e a Igreja Medieval quem deu início à guerra de extermínio contra os pagãos religiosamente tolerantes. Esta alegação é absurda. Antes de mais, foram os Teotónicos que deram início ao derramamento de sangue.


Depois de esmagarem a próspera Cultura Hallstatt (a civilização celta mais antiga que se conhece), estes pagãos inextinguíveis avançaram sobre os Alpes para dentro da província Romana na Gália Cisalpina. As tribos que invadiram as terras Romanas eram os Cimbros e os Teutões; nas batalhas de Noreia e de Arausio eles esmagaram dois exércitos Romanos. Esta onda de Nórdicos foi finalmente parada por Caio Mário nas batalhas de Águas Sêxtias e de Vercellae. Todas as guerras Romanas futuras têm que ser vistas à luz de se prevenir mais invasões por parte dos Cimbros e dos Teutões.

As inúmeras guerras entre os Romanos e os Germânicos - desde Júlio César até ao Imperador Honório - foram em parte inconclusivas, mas o medo que Roma tinha dos Nórdicos provou-se válido em 406 quando a fronteira do Reno foi esvaziada de exércitos seus por parte de Flávio Estilicão (como forma de lutar contra Alarico) e os pagãos invadiram a Gália.

A grande civilização clássica que havia durado cerca de 1000 anos desapareceu do ocidente. A desolação, a conquista, a escravatura, e a deslocação geográfica passaram a ser a norma. Os pagãos brutos destruíram a grande civilização clássica de Roma. Seguiu-se o colapso demográfico; as cidades encolheram, a população desapareceu. Na Inglaterra, o pior estava por vir.

Os pagãos sedentos de sangue (os Anglos, os Jutos e os Saxões) deram início a uma guerra de extermínio não-provocada contra os habitantes Romano-Celtas. Os Saxões foram contidos pela motivadora figura de Artur, mas ele não conseguia parar as hordes pagãs. A próspera civilização Romano-Britânica desapareceu, apenas para sobreviver como eco no Pais de Gales e na Irlanda.

Os horrores reportados por homens tais como Gildas, Bede, e pela crónica Anglo-Saxónica, nada mais são que uma amosta do que a invasão pagã deve ter sido para os habitantes da Inglaterra. A luz Clássica e Cristã foi substituída pela superstição pagã e pelas trevas. [ed: Curiosamente, os historicamente ignorantes culpam o Cristianismo pela "Idade das Trevas", quando foi a destruição da sua influência, e do sistema organizacional Greco-Romano, que a causou].

Os dias sombrios do ocidente eram a noite que precedia o amanhecer. À medida que os Saxões iam cometendo actos de genocídio na Inglaterra, outro Romano-Britânico, Patrício, estava a converter os Irlandeses e a trazê-los para a luz do conhecimento clássico e Cristão. Na Irlanda, Patrício colocou um ponto final nos sacrifícios humanos e na escravatura. A Irlanda foi transformada de zona primitiva e retrógrada, à margem do mundo, para centro da escolástica ocidental, especialmente do Latim.

Não tenho tempo para descrever as conversões dos Pictos por parte de Columba, ou da Nortúmbria por parte de Aidan, ou dos Alemanipor parte de São Galo, ou da Lombardia (Itália) por parte de Columbano, ou do colar de mosteiros plantados por estes mendicantes ambulantes, desde a Irlanda, passando pela Inglaterra, Gália, até à Itália, onde a luz do conhecimento foi preservada durante este período sombrio.

O longo processo de reconverter estes selvagens do paganismo, ou Arianismo, foi iniciado tanto pelos Irlandeses como pelo Papado. O aspecto mais saliente do Cristianismo Celta foi que buscou fazer irmãos aqueles que, segundo o direito de retribuição, deveriam ter sido mortos por terem assassinado os seus ancestrais na Inglaterra. Esta expressão de amor Cristão, e não de vingança pagã, gerou os grandes centros de aprendizagem de York e Jarrow, o que produziu, respectivamente, Alcuino e São Bede.

Com os Merovíngios e com Carlos Magno, os primeiros passos experimentais rumo à restauração da razão e da fé ocorreram em Achen, capital imperial. Carlos Magno reuniu para si todos os grandes homens da era, que eram em larga maioria Irlandeses e Cristãos Anglo-Saxónicos, e supervisionou a preservação dos textos antigos. Hoje em dia olhamos para a Minúscula Carolíngia, um produto dessa era, como um dado adquirido. 

A Minúscula Carolíngia foi a primeira tentativa de se introduzir letras minúsculas, parágrafos, e pontuação na gramática. Antes disso, os textos eram todos escritos em letras maiúsculas, sem espaços - nada mais que um bloco de letras num rolo ou numa página.

Este Renascimento cujo coração intelectual se encontrava na Irlanda, foi brutalmente esmagado no século 9.


Não contentes em ter destruído o Império Romano do Ocidente, os Nórdicos tentaram destruir o seu sucessor, o Sacro Império Romano. É aqui que a alegação de McNallan de "guerra defensiva" é um absurdo. 

Se os ataques Vikings eram uma retribuição das guerras Saxónicas, que é em si uma pressuposição inválida de solidariedade pagá - conceito totalmente alheio à vida tribal - porque é que Lindisfarne (fundada por Santo Aidan) foi assaltada em 793, e numerosos mosteiros Irlandeses e Cristãos-Saxónicos foram roubados e queimados? Que ofensa haviam estes cometido contra os Nordicos? Nenhuma! McNallan nada mais faz que justificar o genocício de forma enganadora.

Os habitantes de Hébridas e os Pictos da Escócia Oriental não sobreviveram aos raids dos Vikings. A grande civilização Irlandesa foi extirpada para nunca mais voltar a existir. Os Anglo-Saxões sob as ordens de Alfredo e dos seus sucessores, bem como os Reis da Frankia Ocidental, mal resistiram às hordes selvagens no norte. Os séculos 10º e 11º viram a absorção gradual da Inglaterra para dentro do Império Nordico, até ao reinado do Rei Canuto, mas por essa altura ele e a Dinamarca já haviam convertido ao Cristianismo.

A Cristianização da Noruega, da Dinamarca e da Suécia, foram medidas defensivas que tinham como propósito causar a que os bárbaros se prostrassem. Visto que nenhum exército Europeu seria capaz de conquistar os Nórdicos, foi preciso o Evangelho da paz para o fazer.

A partir de 1050 para frente, depois da Cristianização dos Nórdicos e dos Magiares, a Europa Ocidental passou a ter a segurança que precisava para enveredar pela reconstrução da civilização ocidental e da era científica moderna - não graças às invasões Nórdicas.

Resumidamente, podemos olhar para esta luta milenar, desde os Cimbros e os Teutões até ao Rei Canuto, como uma luta entre o barbarismo e a ignorância dum lado, e o conhecimento clássico e o Cristianismo do outro lado, com este ultimo a triunfar não através da conquista e da pilhagem e da violação, mas de forma esclarecida, e em amor através da conversão.

~ http://bit.ly/2cXpjyp
* * * * * * *

Obviamente que muitos neo-pagãos estão absolutamente correctos na sua luta em prol da preservação da civilização Ocidental. 

Onde eles falham é na sua tentativa de atribuir ao Cristianismo um papel de "inimigo" dessa civilização. Por alguma razão aqueles que querem destruir a civilização Ocidental querem destruir o Cristianismo acima de qualquer coisa;



Um comentário:

  1. OS JUDEUS INVENTARAM O CRISTIANISMO E O COMUNISMO É TAMBÉM O GULAG, O MAIOR CAMPO DE CONCENTRAÇÃO!

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