Unico SENHOR E SALVADOR

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quarta-feira, 4 de maio de 2016

A falsa restauração pregada pelas seitas

seitas varias

Em nossas pesquisas sobre a fenomenologia das religiões e seitas, encontramos alguns pontos em comum em todos os segmentos, dentre os quais gostaríamos de destacar o fator restauração. Exceto o Cristianismo, todas as religiões e seitas alegam ter restaurado alguma coisa.

Para esses grupos, tal alegação desempenha um papel fundamental em sua estrutura doutrinária. “Você já orou para Deus confirmar se a sua religião é verdadeira?” 
“Você tem guardado o sábado?” 
“Alguém já lhe perguntou se a sua igreja guarda tais e tais doutrinas?”
 “Em sua comunidade ou igreja vocês usam o nome Jeová?” 
“Você conhece os escritos desse(a) ou daquele(a) profeta ou profetisa?” 

Em verdade, quem, no início de sua fé em Cristo, nunca foi interrogado com
esses conhecidos refrões?

Restauração: Fator Relevante no Fundamento de Uma Seita

Uma vez que abandonaram o tronco principal, as seitas precisam ancorar em alguma coisa que justifique a saída de sua facção da igreja cristã verdadeira. Não raro, encontramos os sectários criticando as igrejas estabelecidas que antes lhes serviram como berço cristão.

A tarefa de dissociar-se da igreja contemporânea e criar um vínculo direto com a igreja primitiva apostólica exige algumas coisas. O movimento sectário precisa ancorar-se em algo que o justifique aos olhos de seus membros e lhes empreste confiabilidade. Isso pode significar criar sofisticados ensinos que validem a existência de seu movimento. A ausência de uma boa âncora demonstraria fatal deficiência e logo o movimento perderia sua força e seria finalmente absorvido por outros movimentos sectários mais elaborados.

A liderança conhece a necessidade de periodicamente oxigenar o ego religioso de seus membros para mantê-los espiritualmente satisfeitos. Seus membros são lembrados continuamente de que pertencem à organização de Deus; não há verdade fora da organização; não há luz espiritual fora dessa igreja; foram tirados da Babilônia; são os escolhidos dos últimos dias; são a igreja remanescente; são os únicos que guardam os mandamentos, que obedecem às ordenanças, que pronunciam corretamente o Nome divino e muitos outros apelos semelhantes.

Tais afirmações ocorrem muito mais vezes do que o leitor possa imaginar. Por exemplo, em todos os estudos que os adventistas realizam, pelo menos uma vez é citada a expressão “Igreja Remanescente” com aplicação a eles mesmos. Em todas as reuniões das Testemunhas de Jeová escuta-se a expressão “organização de Jeová” quando, em pelo menos dois de seus três encontros, as igrejas cristãs são chamadas de Cristandade ou Babilônia.

Essa repetição tem suplantado o bom raciocínio que os sectários deveriam desenvolver e suas afirmações têm ocupado o espaço do fundamento da Palavra de Deus. O resultado é inevitável: adeptos que defendem sua fé indiscriminadamente rejeitando a luz da Palavra de Deus e crendo somente na versão da liderança da seita.

Que fundamento as seitas têm lançado? Cada uma delas ufana-se por uma restauração. São vários os achados espetaculares que coroam as seitas como tendo uma posição ímpar diante de Deus e detentoras da única entrada para “o caminho”.

Vejamos as afirmações mais comuns:

♦Restauramos a pronúncia do Nome. 
♦Restauramos o evangelho. 
♦Restauramos o método do discipulado. 
♦Restauramos a obra messiânica. 
♦Restauramos o espírito do evangelho, a caridade. 
♦Restauramos a palavra profética. 
♦Restauramos a guarda dos mandamentos.

A seguir, algumas seitas que se encaixam neste contexto:
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As Testemunhas de Yehoshua
Seus adeptos afirmam pronunciar o nome corretamente. Se fosse apenas uma questão curiosa, seria inofensiva. Contudo, transformaram o nome em uma batalha proselitista. Dizem que a pronúncia Jesus é devoção a um deus cavalo. As implicações apontam para uma suposta idolatria no Cristianismo.

Para justificarem sua afirmação, desmembraram o nome grego Jesus a fim de forçá-lo a significar, em hebraico, Ie (Deus?) e sus (cavalo). 

Como o nome Jesus, em grego, poderia ter o seu significado extraído do hebraico? Além disso, o procedimento usado para se chegar a essa conclusão é inaceitável. Seria como pegar o meu nome, Márcio, e desmembrá-lo em duas partes, Mar e cio, e lhe atribuir significado infiel. Neste caso, o significado seria “forte desejo do mar”. Absurda conclusão. A origem do nome Márcio vem da palavra “marcial”, que quer dizer, corretamente, “guerreiro”.

Com base na restauração da pronúncia do nome criaram um movimento. Adicionados a esse desvio doutrinário, encontramos outros ensinos que ratificam a posição sectária em que se encontram. São exclusivistas. Afirmam que somente os que invocam Yehoshua serão salvos. São legalistas. Exigem a guarda do sábado. Alguns exigem ainda o uso da barba e de roupas judaicas como demonstração de purificação. São, também, unitaristas. 

Afirmam que Jesus não teve natureza divina, nasceu naturalmente. É perceptível: suas doutrinas se afastam escandalosamente do ensino das Escrituras. A base de seu proselitismo é a restauração da pronúncia correta do nome divino. 

Para maiores detalhes sobre as falácias que envolvem o nome Yehoshua, consultar a matéria“Resposta aos Adeptos do Nome YEHOSHUA”, publicada em Defesa da Fé n° 27, outubro de 2000.
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As Testemunhas de Jeová
Seus adeptos vangloriam-se de usar o nome Jeová em sua Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Afirmam que essa prática é o maior serviço sagrado que realizaram. 

Contudo, no Apêndice 1D da TNM (TNM – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências – Revisão de 1986 – Watchtower Bible and Tract Society – Versão da Bíblia das Testemunhas de Jeová, p. 1504) encontramos um comentário sobre o processo de inserção do nome Jeová em sua versão: “Para saber onde o nome divino fora substituído pelas palavras gregas kirios e theós, verificamos onde os inspirados escritores cristãos citaram versículos, passagens e expressões das Escrituras Hebraicas, e depois voltamos ao texto hebraico para ver se o nome divino aparecia ali”.

Dos 309 lugares encontrados, apenas 237 foram substituídos, ou seja, em 72 versículos omitiram a inserção do nome Jeová. Por quê? Destes 72 versículos, 22 aplicam-se claramente a Cristo atributos divinos, evidenciando sua plena divindade.

A doutrina cristã não argumenta que Jesus seja a mesma pessoa que o Pai. O que verificamos é que o nome YHWH é polissêmico, pode ser usado tanto para o Pai (2Samuel 2.2, 1Crônicas 17.20, Isaías 37.20), para o Filho (Isaías 40. 3, comparar com Jeremias 23.5-6 e Mateus 3.3), como para o Espírito Santo (Êxodo 17.7, comparar com Hebreus 3.7-9 e Números 12.6, que devem ser comparados com 2Pedro 1.21). Esse nome testifica a eternidade de Deus, o Grande Eu Sou, o Eterno. 

Semelhantemente, o Pai é Senhor (Malaquias 1.6), o Filho é Senhor (Atos 10.36) e o Espírito Santo também é Senhor (Atos 28.25-27). Não temos, porém, três senhores, ou três deuses, mas um só Senhor e Deus. Embora humanamente seja difícil explicar a Trindade, ela não é inconcebível, principalmente porque Deus não é criatura e não está limitado ao referencial a que estamos sujeitos.

Outros atributos também são difíceis de se entender, mas ainda assim são evidentes nas Escrituras, dentre eles encontramos a onipotência, a onisciência e a eternidade. 

O Salmo 90.2 nos diz: “de eternidade a eternidade, tu és Deus”. As Testemunhas de Jeová não creem que seu deus seja onisciente, e muito menos onipresente, conforme pode ser verificado nos livros “Raciocínios à Base das Escrituras” (STV, 1985, p.116) e “Estudo Perspicaz das Escrituras” (STV,1990, vol. 1, 690).
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Os Mórmons
O mormonismo se baseia primeiramente em uma visão, quando Joseph Smith recebeu uma suposta revelação afirmando que todas as denominações cristãs eram seitas, haviam apostatado (afastado, desviado) do evangelho. 

Também afirmam que a verdadeira igreja deveria conter o nome de seu dono, daí surgiu o nome “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Para eles, o nome da igreja representava muito mais que uma denominação. Seria o selo da verdade (3Néfi 27.8, Livro de Mórmon, 1997, p. 534). Por outro lado, esse movimento já teve outros nomes. 

Vejamos:
Em 6 de abril de 1830, data de sua fundação, foi chamada de Igreja de Jesus Cristo. Em 3 de maio de 1834, seu nome foi mudado para Igreja dos Santos dos Últimos Dias (History of Church , vol. 2, p. 63, edição 1978). Em 26 de abril de 1836, recebeu o atual nome: “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. 

De 3 de maio de 1834 até 25 de abril de 1836, não levava o nome de Cristo. Diante disso, surge a pergunta: “Então houve um tempo em que a igreja não pertencia a Cristo?”. O apóstolo Paulo alertou: “Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1.8).

Exatamente o que Paulo alertou foi o que ocorreu nesse movimento. Apresentaram um outro evangelho. Joseph Smith recebeu uma “revelação” quanto à existência de placas de ouro que continham “um outro evangelho de Jesus Cristo”.

Os mórmons lançam dúvidas sobre a fidelidade da Bíblia Sagrada ao afirmarem que o texto foi corrompido. Para isso lançam mão de variantes textuais, que sabemos, nunca interfeririam na doutrina ou na história bíblica. Lamentavelmente, o que se encontra no livro mórmon não são apenas erros textuais, como afirma a página XIV da introdução (edição de 1995) do livro de mórmon. 

Todo o aglomerado de histórias, com suas cidades e origens, nunca pôde sequer ser vislumbrado na arqueologia ou antropologia das Américas, ambiente onde supostamente ocorre a odisseia relatada no Livro de Mórmon.
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Os Adventistas do Sétimo Dia
Afirmam ter restaurado a guarda dos mandamentos. Quanto a isso, o mesmo alerta do apóstolo Paulo pode ser repetido em relação aos adventistas: abraçaram um outro evangelho. Inicialmente, o único erro adventista fora anunciar a data da segunda vinda do Senhor. A última data arriscada pelo movimento foi 22 de outubro de 1844. 

O resultado dessa decepção foi buscar uma purificação interna por meio das obras, o que fez surgir o legalismo. Para fundamentar seus ensinos, lançaram mão das visões e revelações da senhora Ellen Gould White. Ela escreveu mais de 20 mil páginas, cerca de 50 livros. Seus escritos são considerados inspirados pelos adventistas (Sutilezas do Erro, 1ª edição, p. 30).

O que ensina seus escritos? Para alcançar a salvação é necessário guardar o sábado, fazer dieta de alimentos, reconhecer seus escritos como inspirados. Em suas obras encontramos doutrinas que trazem gravíssimas implicações teológicas, como, por exemplo, o juízo investigativo, a co-participação de Satanás na redenção, a natureza pecaminosa de Jesus Cristo e a apostasia geral do Cristianismo.

A pedra angular do adventismo é restaurar a guarda dos mandamentos. Contudo, o apóstolo Paulo foi bem claro ao escrever que pela da guarda da lei ninguém será justificado (Romanos 3.20, Gálatas 2.16 e 3.11). 

O adventismo levanta ainda outra questão: se não precisamos guardar os mandamentos, estamos sem lei? Afirmam que se não precisamos guardar o sábado, então podemos assassinar ou adulterar! Em resposta a isso, o apóstolo Paulo pergunta: “E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça?”. E ele mesmo responde: “De modo nenhum!” (Romanos 6.15).

O que diferencia primariamente o verdadeiro Cristianismo do Adventismo é a justificação pela fé. Os verdadeiros cristãos andam obedientes à lei do Espírito (Romanos 8.1-3). Não são legalistas. Creem na suficiência do sacrifício e da redenção efetuados por Cristo. Mas as diferenças não param por aí. Um emaranhado doutrinário adventista já tem sido refutado pelos apologistas cristãos.
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A Igreja de Cristo Internacional
Afirma ter restaurado a metodologia do discipulado. As Escrituras incentivam o discipulado (Mateus 28.19-20). Existem muitas formas de evangelismo e métodos para desenvolver um discipulado saudável. Mas o que deveria ser encarado como apenas mais um método na divulgação do evangelho, tornou-se uma questão doutrinária relevante e seletiva para aqueles que dizem possuir o método de discipulado, a Igreja de Cristo de Boston.

Ultrapassaram os limites do discipulado bíblico e ergueram uma investigação intensiva sobre os discípulos do movimento. O discípulo é aconselhado a tomar as decisões de sua vida somente com a orientação do discipulador. Seu batismo em outra denominação é questionado, sendo, então, forçado a um novo batismo. 

Diariamente, precisa prestar contas ao líder, confessar pecados, receber conselhos e permissão para tomar qualquer decisão. Isso inclui fazer ou não horas extras no trabalho e como aproveitar os horários livres. Buscam a perfeição humana e negam o pecado original. 

Conforme as próprias palavras do fundador: “A Igreja verdadeira é composta só de discípulos… Não conheço nenhuma outra Igreja, grupo ou movimento que ensine e pratique o que ensinamos” (Revista Igreja de Cristo em São Paulo, Seis Anos de História, 1993, p.19). Esse é o fator restaurado na Igreja de Cristo Internacional.
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A Igreja Católica Apostólica Romana
Afirma ter restaurado a autoridade apostólica. Sempre buscou a primazia sobre as demais igrejas cristãs e uma posição ecumênica e social. Inicialmente, a posição política e imperial de Roma colaboraram com tais aspirações. 

Contudo, a primazia desejada ultrapassava as fronteiras do Império Romano. Isso conduziu a diversas decisões que emprestava ao bispo de Roma a superioridade. Dentre elas, encontramos o ensino que atribui a Pedro a posição de primeiro papa, infalibilidade ao líder máximo em suas decisões quanto à fé e às práticas e inspiração da tradição da Igreja.

A primazia do bispado, da igreja e da tradição romana é uma reivindicação contraproducente da Igreja católica romana. O apóstolo Pedro não foi o primeiro bispo de Roma, muito menos o primeiro papa. Além disso, seu ministério focalizou mais as regiões de Bitínia, Capadócia e Galácia, e também a Palestina, a Fenícia, a Síria e a Cilícia. 

Não encontramos Pedro assumindo sobre Roma e demais igrejas. E muito menos nenhuma ordenança da Igreja sendo administrada a partir de Jerusalém ou de Roma. Finalmente, não encontramos autoridade canônica nas tradições da Igreja Católica Romana.
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A Igreja da Unificação
Afirma ter restaurado a missão messiânica. O moonismo tem sua raiz nos ensinamentos de Sun Myung Moon, criado em uma família presbiteriana, que diz ter recebido revelações e, em uma delas, relata que fora enviado para cumprir uma parte da missão de Cristo que não foi bem-sucedida, devido à crucificação. “A humanidade precisava, além da remissão espiritual, de uma remissão física”, afirmou Moon.

A teologia fundamental do chamado “reverendo Moon” centraliza-se na doutrina da redenção física. Como já dissemos, Moon ensina que Jesus concluiu apenas parte de sua missão e foi interrompido por sua crucificação. Visto que não constituiu família, Jesus fracassou e outro deveria ser designado para completar a redenção. Moon considera-se o terceiro Adão. Depois de três casamentos fracassados, Moon espera que sua quarta esposa seja uma perfeita Eva.

Talvez a pseudo-restauração do moonismo seja a mais extravagante e presunçosa, pois afirma que seu fundador veio para restaurar a missão de Cristo.
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Restauração Genuína
É lamentável como as invenções religiosas cativam as pessoas. Movimentos exóticos costumam chamar a atenção e a alcançar milhares de seguidores. Aliado ao exótico está o orgulho doutrinário. “Revelações” que compartilham um conhecimento “superior” e refinado têm sido propagadas por diversas seitas. Muitos abandonam a simplicidade do evangelho e a clareza do culto cristão para abraçar complicados emaranhados doutrinários que nunca glorificam a Jesus Cristo.

A verdadeira restauração de que tais seitas são carentes é o retorno às Sagradas Escrituras. Estão precisando restaurar a compreensão das Escrituras sem os elementos que caracterizam a divinização de métodos, personalidades e/ou conhecimento supostamente privilegiados. 

Antes, o culto cristão deve ser bíblico, cristocêntrico e profético. Deve ter a Bíblia como base única de fé e prática. Deve glorificar a Jesus Cristo, reconhecendo sua Suficiência Sacrificial e soberania única. Deve alertar o homem de sua condição caída, pecadora, mas redimível em Cristo.

O Que Podemos Fazer?
É essencial que nos preparemos e imunizemos a Igreja, principalmente os novos convertidos que, devido à sua sede, têm-se deixado levar por informações sectárias.
Fiquemos atentos!

Para obter informações mais detalhadas sobre os falsos ensinos citados neste artigo, a Série Apologética, do ICP, é uma excelente fonte de consultas.

Pr. Márcio Souza

Phonte: CACP

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