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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Decência para Presidente



Max Lucado

Como pai de três filhas, me reservava o direito de entrevistar o rapaz com quem elas iam sair. Parecia simplesmente justo para mim. Afinal, minha esposa e eu havíamos passado 16 ou 17 anos alimentando-as, vestindo-as, pagando aparelhos dentais e levando-as de carro a eventos. Um encontro face a face de cinco minutos com o rapaz era uma expectativa justa. 

Eu estava confiando o amor da minha vida a ele. Nas próximas horas, ela dependeria da capacidade dele de dirigir um carro, evitar más companhias e permanecer sóbrio. Eu queria saber se ele estava em condições de fazer isso. Eu queria saber se ele era decente.

Essa era minha palavra: “decente.” Ele se conduzia de modo decente? Ele trataria minha filha com bondade e respeito? Dava para confiar que ele a traria para casa em tempo? Em sua linguagem, ações e decisões, ele seria um rapaz decente?

Decência importava para mim como pai.

Decência é importante para você. Notamos a pessoa que paga suas dívidas. Apreciamos o médico que gasta tempo para escutar. Quando o marido honra seus votos matrimoniais, quando o professor gasta tempo para ajudar o aluno que tem dificuldades, quando o empregado recusa fazer fofoca de seu colega de trabalho, quando o time perdedor congratula o time vencedor, podemos caracterizar a conduta deles com a palavra decente.

Apreciamos a decência. Aplaudimos a decência. Ensinamos a decência. Buscamos a decência. A decência importa, certo?

Então, por que a decência não está se saindo melhor na corrida presidencial dos EUA?
O candidato principal para ser o próximo líder do mundo livre não seria aprovado em minha entrevista de decência. Eu o mandaria embora. Eu diria para minha filha ficar em casa. Eu não a entregaria aos cuidados dele.

Não conheço o sr. Trump. Mas tenho me desapontado com suas maneiras. Ele ridicularizou um herói de guerra. Ele zombou do ciclo menstrual de uma jornalista. Ele ridicularizou um jornalista deficiente. Ele se referiu à ex-primeira-dama Barbara Bush como “mamãe” e desdenhou de Jeb Bush por trazê-la em sua campanha. Ele rotineiramente chama as pessoas de “estúpidas,” “perdedoras” e “idiotas.” Esses comentários não foram casuais e raros. Foram transmitidos pelo Twitter, gravados e apresentados de modo público e intencional. 

Tal insensibilidade não seria aceita nem mesmo numa eleição de alunos do ensino fundamental. Mas para a presidência dos EUA? E fazer isso brandindo a Bíblia e se gabando de sua fé cristã? Estou perplexo com a conduta dele e com o fato de que o público americano está apoiando essa conduta.

A explicação comercial para seu sucesso é este: ele está tirando vantagem da revolta do povo americano. Como um homem disse: “Estamos votando com uma atitude vulgar de desprezo.” Soa mais como um comentário apropriado para uma briga de gangue do que para uma eleição presidencial. Reações estimuladas por ira provocam problemas desde que Caim ficou irado com Abel.

Só podemos esperar, e orar, por uma volta da decência. Talvez o sr. Trump controlará melhor suas maneiras. (Com certeza, ele é um caso digno de oração.) Ou, talvez o público americano se lembrará de que o papel principal do presidente é ser a face dos Estados Unidos. Quando ele fala, ele fala pelos americanos. Quer concordemos ou discordemos das políticas do presidente, não esperamos que ele se conduza de um modo coerente com a condição da presidência?

Até onde me lembro, nunca rejeitei um homem com quem minha filha queria sair. Eles não eram perfeitos, mas eles eram rapazes decentes. Isso era tudo o que eu podia pedir.
Parece que deveríamos pedir o mesmo.

Traduzido por Julio Severo do original em inglês do site Max Lucado: Decency for President

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