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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Homenagem ás vítimas do holocausto

Comunidade judaica realizará em Brasília a cerimônia do Dia Internacional do Holocausto.

Comunidade judaica realizará em Brasília a cerimônia do Dia Internacional do Holocausto.


Comunidade judaica promoverá no próximo dia 27 de janeiro, às 19 horas, no Edifício-Sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, a cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, solenidade instituída pela ONU. 

Além da homenagem aos seis milhões de judeus assassinados, serão lembrados especialmente Ben Abraham e Aleksander Laks, falecidos em 2015. 

Estarão presentes sobreviventes do Holocausto, representantes de outras comunidades vítimas do nazismo e de perseguições e autoridades federais, estaduais e municipais. A solenidade tem também por objetivo ligar a lembrança histórica do genocídio nazista à promoção dos direitos humanos. Neste ano, o tema escolhido pela Conib é o combate à intolerância.

A data, criada em 2005 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, marca o dia em que tropas soviéticas libertaram o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, em 27 de janeiro de 1945. 

A ONU, em resolução apoiada pelo Brasil, pede aos países-membros que elaborem programas de educação sobre o Holocausto e “condena sem reservas todas as manifestações de intolerância religiosa, de incentivo ao ódio, de perseguição ou de violência contra pessoas ou comunidades por causas étnicas ou religiosas e rejeita qualquer negação do Holocausto como fato histórico”.

Sobreviventes do Holocausto que estarão no vento:

Nanette Blitz Konig

Escritora holandesa radicada no Brasil. Colega de escola de Anne Frank, reencontrou-a no campo de Bergen-Belsen, poucos dias antes de sua morte. A holandesa é, inclusive, citada no livro da adolescente de origem judaica (“O Diário de Anne Frank”), morta em um campo de concentração. 

Em seu livro ”Eu sobrevivi ao Holocausto – o comovente relato de uma das últimas amigas vivas de Anne Frank”, ela desmente o mito de que os holandeses ajudaram os judeus e conta sua passagem pelo campo de concentração holandês de Westerbork. Nanette, de 86 anos, perdeu toda a família em um campo de concentração e não entende até hoje como conseguiu sobreviver. 

Quando foi resgatada, pesava apenas 31 Kg e estava sozinha, sem familiares, ainda adolescente. Levou três anos para se recuperar do cativeiro – teve tifo, tuberculose e pleurisia. Ela se estabeleceu definitivamente em São Paulo, no final da década de 1950, com o marido, John Konig, onde educou os três filhos. Em 1999, a escritora, que atualmente tem seis netos e quatro bisnetas, iniciou um trabalho pela memória do holocausto, ministrando palestras, em que conta a própria história e a de judeus durante a II Guerra Mundial.

Julio Gartner
Passou por cinco campos de trabalhos forçados. Estava no gueto de Cracóvia quando este foi destruído (episódio mostrado no filme “A Lista de Schindler”). Escapou da morte sete vezes. Sua história é contada no filme “Sobrevivi ao Holocausto”, de Marcio Pitliuk. Julio foi perseguido por ser judeu na Polônia. Só foi libertdo um dia antes do fim da Segunda Guerra Mundial. 

Diz que só sobreviveu porque um ataque americano destruiu trens que traziam comida para os alemães e ele, pesando 30 kg, foi um dos prisioneiros comissionados a tentar consertar os trilhos. “Derrubaram tonelada de cevada, que colocávamos dentro das nossas calças e comíamos escondido”. Mora há 70 anos em São Paulo.

George Legmann
Foi um dos poucos bebês a nascer e sobreviver dentro de um campo de concentração, o de Dachau, próximo a Munique. É o mais jovem sobrevivente do Holocausto que vive no Brasil.

Raymond Frajmund

Nascido na Bélgica, foi preso pelos nazistas em 1942, com 15 anos de idade. Sobreviveu a Auschwitz e à Marcha da Morte, percurso feito a pé pelos prisioneiros entre os campos de extermínio de Auschwitz e Birkenau, no rigoroso inverno europeu, poucos dias antes da chegada dos soviéticos. Em 1953, mudou-se para o Brasil, onde fez carreira como fotógrafo. Em 1960, incentivado pelo jornalista Cláudio Abramo, empregou-se na sucursal do Estadão em Brasília. Em 1964, ganhou o Prêmio Esso de Fotografia pelo flagrante do tiro disparado pelo senador alagoano Arnon de Mello no Senado Federal.

Homenageados na cerimônia do dia 27
Henry Nekrycz, mais conhecido pelo pseudônimo de Ben Abraham

Nasceu em Lodz, na Polônia. Sobreviveu ao gueto de sua cidade natal e aos campos de concentração durante a ocupação nazista. Depois de passar pelos campos de Brauschweig, Watenstadt e Ravensbruck entre 1943 e 1945, acabou confinado em Auschwitz, onde sua família foi dizimada. 

Entre 200 parentes, apenas ele e um primo sobreviveram. Foi libertado em 1945 pesando 28 quilos, com tuberculose nos dois pulmões, escorbuto e disenteria com sangue. Escreveu dezenas de livros e deu palestras no Brasil e no exterior, inclusive na Alemanha. Sua esposa, Miriam Nekrycz, estará no evento.

Aleksander Henrik Laks
Nascido na Polônia, foi levado ainda criança para o campo de extermínio de Auschwitz. Logo na entrada, foi separado da mãe e nunca mais a viu. Junto com o pai, sofreu o frio e a fome a que eram submetidos os judeus no campo. Antes de morrer em seus braços, seu pai o fez prometer que ele faria tudo para sobreviver e que dedicar-se-ia a contar o que viu. 

Laks foi presidente da Associação de Sobreviventes do Holocausto no Rio e deu inúmeras palestras em escolas, igrejas e outras instituições. Seu filho, Jerson Laks, estará no evento.

Fonte: Pletz

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