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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Entendendo os protestos anti-governo no Brasil

Julio Severo
Crise econômica gera protestos. No Brasil, pelo menos, a motivação dos protestos tem sido, como noticiou a Reuters, “uma economia lenta, aumento de preços e corrupção.”
Infelizmente, os protestos não têm sido contra a agenda abortista e homossexualista, cuja obsessão estatal de impô-la deveria ser a principal prioridade na preocupação de um povo cristão.
No início da década de 1980, o Brasil tinha uma das maiores dívidas externas do mundo e a palavra mais comum nos noticiários do Brasil era FMI (Fundo Monetário Internacional). Os preços estavam disparados. A inflação era a amiga diária do brasileiro. Tudo isso durante o governo militar, que não era corrupto.
Manifestação contra o governo militar

Multidões saíam às ruas como se a própria Dilma e o PT estivessem no governo. O povo estava cansado da recessão econômica, da inflação e dos preços altos. Por isso, havia protestos e mais protestos. 
Até mesmo muitos brasileiros nos EUA faziam protestos em frente da embaixada e consulados brasileiros nos EUA. Eles não poupavam o presidente João Baptista Figueiredo nem mesmo quando ele precisava viajar aos EUA para tratamento médico. De fato, no exterior as manifestações brasileiras mais proeminentes contra o governo militar ocorriam nos EUA.
Para tentar acalmar o imenso descontentamento dos brasileiros, o governo militar, sob o presidente Figueiredo, decretou que todos os dias 12 de outubro, a partir do ano de 1982, passariam a ser feriado nacional em comemoração ao dia de N. S. Aparecida como “Padroeira do Brasil.”
Esse decreto deixou os evangélicos imensamente descontentes. Em oposição ao decreto, o evangelista pentecostal Manoel de Mello convocou os evangélicos para uma manifestação no Estádio Municipal do Pacaembu, São Paulo, contra a idolatria, em 12 de outubro de 1982. Nessa data, o estádio ficou superlotado, mesmo debaixo de chuva torrencial, para o culto de protesto contra a idolatria nacional estabelecida pelos militares.
Os evangélicos estavam descontentes, pois acreditavam que o Brasil era do Senhor Jesus, mas por causa da crise financeira, os militares entregaram o Brasil para a Aparecida. Até hoje, o decreto militar mantém o Brasil entregue à Aparecida, que foi incapaz de proteger o Brasil da dominação das esquerdas (PT, PSDB, etc.).
Mesmo quando o Brasil era mais católico, nunca havia se criado antes tal feriado nacional entregando o Brasil à Aparecida. Contudo, a estratégia dos militares, embora tenha agradado imensamente à CNBB e à Igreja Católica, em absolutamente nada ajudou o Brasil a sair da crise econômica. A inflação foi piorando, o salário mínimo não dava para pagar despesas mínimas e os protestos contra os militares iam aumentando. Foi nesse ambiente de recessão econômica que as comunidades da Teologia da Libertação, ligadas à Igreja Católica, criaram e fortaleceram o PT.
É com esse conhecimento histórico que podemos avaliar melhor o que está acontecendo no Brasil. Com ou sem corrupção no governo, os brasileiros vão protestar contra uma crise econômica que afete seus bolsos. Os brasileiros protestavam contra os militares, que não eram corruptos. Os brasileiros protestam contra Dilma, que é extremamente corrupta. Em ambos os casos, o motivo do brasileiro é a crise econômica.
No caso dos militares, que eram trabalhadores e investidores honestos do crescimento do Brasil, fica difícil entender como o governo deles era tão economicamente recessivo quanto o governo marxista de Dilma. A melhor explicação que vi até hoje foi dado pelo economista americano John Perkins, neste artigo: http://bit.ly/1SI63al
Muitos querem hoje que os militares derrubem a corrupta Dilma do poder. Mas se eles fizerem isso e a crise econômica não amenizar, o povo vai voltar às ruas e culpá-los pelos problemas econômicos do Brasil, exatamente como fizeram mais de 30 anos atrás. Infelizmente, para o povo, a economia é muito mais importante do que direita ou esquerda e até mesmo do que valores morais.
No caso dos militares, a crise favoreceu os esquerdistas e comunistas, fornecendo pretextos de sobra para atacar os militares e pedir, em manifestações em massa, sua saída.
No caso do PT, a crise favorece a direita, fornecendo pretextos de sobra para atacar o PT e pedir, em manifestações em massa, sua saída.
No Brasil pelo menos, crise econômica, não valores morais, provoca há décadas protestos em massa, contra o governo militar e contra governos esquerdistas.
Versão em inglês deste artigo: Understanding Anti-Government Protests in Brazil

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