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domingo, 24 de agosto de 2014

Depois do viés do JN contra Aécio na segunda-feira, surge a direita Neville Chamberlain

Neville_Chamberlain_by_William_Orpen_-_1929
Um novo espécime (não tão comum, mas extremamente bizarro) de direitista tem surgido para ajudar a esquerda: são os apaziguadores. Alguns deles resolveram aparecer nas redes sociais indignados contra quem protestou diante do viés de William Bonner e Patricia Poeta contra Aécio Neves na entrevista ao Jornal Nacional, na última segunda-feira.

A mensagem destes direitistas apaziguadores é a seguinte: “Não façam críticas antecipadas aos jornalistas do JN antes da entrevista com Dilma acontecer, pois somente aí é que poderemos avaliar se Aécio foi prejudicado”. À primeira vista, alguns poderiam cair nesse truque e parar de pressionar a mídia. Isso se não perceberem o embuste.

Antes de mais nada, deixe-me definir com um exemplo o que é o apaziguador. Imagine que uma mulher está para ser estuprada e você tem uma arma em mãos podendo exigir que o estuprador pare. Então, você é interrompido por um outro sujeito, dizendo: “Não, não faça nada. Temos dois lados em questão, e é preciso existir uma moderação. 

Antes de discutirmos por três ou quatro horas dialeticamente se há vantagem em tomar partido, peço que não faça nada”. Nesse ínterim, o estuprador consegue seu intento, fugindo em seguida.

Os apaziguadores geralmente aparecem desta forma, sempre de forma cínica, para interromper ações morais que estejam em luta contra ações imorais. Eles possuem um talento especial para ajudar quem não presta, sempre lançando discursos para interromper quem está contra a escória moral do mundo.

Adolf Hitler talvez tivesse conseguido um reinado muito mais longo se o político apaziguador britânico Neville Chamberlain (que era conservador, inclusive) continuasse fazendo suas estripulias. Chamberlain fazia acordos com Hitler, enquanto este último os desrespeitava um a um, sempre morrendo de rir. Quando Chamberlain renunciou como primeiro-ministro em 10 de maio de 1940, seu substituto Winston Churchill disse: “Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra”.

Pois bem. Não podemos aturar atitudes desonrosas como essas querendo lançar shaming sobre direitistas mais assertivos, como nós, que defendem uma pressão incessante sobre o Jornal Nacional. Nós não temos que esperar a entrevista com Dilma acontecer, mas agir especialmente antes.

Como podemos notar, Dilma cancelou a entrevista, por luto oficial de três dias devido a morte de Eduardo Campos. Estranho, pois ele nem sequer era de seu partido e estava em confronto com o PT. Ela poderia muito bem ter ido à entrevista que deveria ter ocorrido nesta quarta-feira. Muito provavelmente ela sua participação para evitar a pressão que tem sido lançada sobre o Jornal Nacional. 

Provavelmente quando a entrevista com Dilma ocorrer em uma data futura muitos já se esqueceram da acareação contra Aécio, certo?
Hoje, muitos apostam que William Bonner e Patrícia Poeta vão se limitar a fazer perguntas frouxas e covardes.

Romeu Tuma Jr. foi brilhante em sua página do Facebook, sugerindo perguntas que eles poderiam fazer para Dilma, em recado ao William Bonner:
1) Onde foi parar o dinheiro do assalto que seu grupo terrorista Var-Palmares praticou no cofre da residência da amante do Adhemar de Barros?
2) A senhora confirma que lutou e pegou em armas para implantar no Brasil uma ditadura comunista neo-cubana? Ainda pretende fazê-lo?
2) Quem matou o soldado do exército Mário Kozel Filho durante a ditadura?
3) Quem matou Celso Daniel e as 7 testemunhas-chave do caso?
4) Em que circunstâncias Rosemary Noronha foi nomeada secretária do gabinete da presidência da República em SP? Por que ela transitava com tanta facilidade nas esferas superiores de poder?
5) Como a senhora explica, como Presidente do Conselho de Administracão da Petrobrás e Ministra-Chefe da Casa Civil e Minas e Energia, as desastrosas e criminosas compra bilionária da sucata da Refinaria de Pasadena e construção hiperfaturada da refinaria de Abreu e Lima?
6) A senhora é a favor do aborto? E da liberação do consumo de maconha?
7) Como a senhora explica a elevação monstruosa da dívida pública em seu governo (e o do presidente Lulla) que saltou de 800 bilhões no fim do governo FHC para 2,4 trilhões no seu governo?
8) Como a senhora explica as falências da Petrobrás e da Eletrobrás? E a necessidade de 39 ministérios e 55.000 aspones e apaniguados espalhados pelo governo federal?
9) A senhora admite que lançou o país numa crise sem precedentes de estagflação?
10) Por que enviar bilhões de dólares dos cofres públicos brasileiros para países vermelhos governados por déspotas comunistas sanguinários e assassinos?
11) Para onde ou para quem vai a diferença de salário pago aos profissionais de saúde cubanos de quase 7.000,00 todos os meses? Para o governo de Cuba? A senhora considera esses profissionais como médicos? Sem fazerem o Revalida? Tendo feito um curso de menos de 4 anos de duração?
12) Com sinceridade, a senhora realmente acredita que apresente preparo intelectual, cognitivo e técnico para ser presidente de um país complexo como o Brasil?
13) É melhor um aeroporto no Clau dio ou um porto no Cu ba?”

Não esquece de cobrar que seja breve nas respostas para que o tempo seja suficiente!
Isso é pressão! E são e-mails com cobranças desse tipo que devemos enviar para a Rede Globo. Enquanto isso, os apaziguadores acham que só podemos começar a falar alguma coisa depois da entrevista com Dilma ocorrer.

Esse pessoal talvez não ouviu falar de algo que os marxistas conhecem muito bem chamado teoria crítica, que, dentre outras coisas, explica como devemos ter cuidado ao tomar as coisas como definitivas dentro de um conflito enquanto fazemos parte deste conflito. Às vezes não podemos agir de maneira impessoal quando estamos diante da ação, pois nesse cenário a forma como agimos influencia os resultados observáveis empiricamente.

Mais ou menos é assim que funciona: se nós pressionarmos o Jornal Nacional em quantidade suficiente antes da entrevista com Dilma ocorrer, há uma chance dela receber o mesmo tratamento que Aécio. Porém, se nada fizemos em termos de pressão, há uma grande chance dela ser tratada com mordomias e carinhos amedrontados. 

Por isso, quando o direitista apaziguador diz para “não fazermos nada, até que a entrevista com Dilma ocorra, só para depois podermos julgar os resultados”, ele se esquece de uma obviedade: nossa ação no curso dos eventos influencia o resultado final. Quando o apaziguador pede para não fazermos nada, ele deliberadamente influencia os eventos a favor do inimigo. Pelo menos para uma coisa a teoria crítica serve: para explicar o tamanho do dano causado pelos apaziguadores.

É por isso que até hoje Neville Chamberlain é um símbolo da desonra, mesmo status merecido por quem age de forma apaziguadora na guerra política. A única coisa a fazer agora é pressionarmos a Rede Globo, pois simplesmente Dilma não pode ser beneficiada por uma palermice endossada por pessoas que agem de forma desonrosa.

Uma pergunta aos apaziguadores: vocês conseguem ter a noção do tamanho da desonra da atitude de vocês?

Fonte: Ceticismo Político

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